terça-feira, 4 de janeiro de 2011

HISTÓRIA INFANTIL: "A BORBOLETINHA E O PRESENTE MÁGICO"

ABORDAGEM: CRIANÇA QUE USA OCULOS
Num vale distante muito longe daqui, há um belo lago bem no meio de uma floresta.
É tão limpo que se chama Lago Azul. Ali vivem muitos bichinhos. Começamos por uma
Borboleta que mora numa árvore . Ela tem corpo de moça e é muito vaidosa.
Adora usar roupa nova .
Sua melhor amiga é uma flor, a dona Margarida, que mora na margem direita do Lago.
A Borboleta sempre desce para visitar a amiga flor :
- Olá dona Margarida, como vai ?
- Tudo bem comigo e com você ?
- Ando meia confusa ultimamente. Não consigo enxergar direito.
- Não consegue enxergar ?! - perguntou a flor.
- Pois é ! Ontem mesmo, eu quase trombei numa árvore. De repente tudo ficou embaçado
e quando vi estava em cima dela. Foi por pouco que não me arrebentei inteirinha.
- É mesmo ! espantou a amiga.
- É sim , o que será que tenho ?
- Não sei, mas acho que o Dr. Sabiá pode ajudar.
- Como faço para encontrá-lo ?
- Não tenho idéia . Porque sei que é muito ocupado.
Nesse instante apareceu na beira do lago o peixe Pedro.
- Parece que ouvi algo sobre o Dr. Sabiá ?
- É , estou precisando encontrá-lo - respondeu a borboletinha.
- Ora, ora , ele está ali do outro lado do lago . Quer que o chame ?
- Por favor , gostaríamos muito - respondeu a flor .
Alguns minutos depois chega o Dr. Sabiá, com sua maleta de médico.
- Olá garotas, qual é o problema ? perguntou com a maior simpatia.
- O problema sou eu, acho que estou doente dos olhos - respondeu a borboleta.
- Preciso examinar então. E foi tirando uma lupa da maleta. Depois de alguns minutos, falou :
- Seu problema não é grave . Vou receitar um bom par de óculos e tudo se revolve.
- O que ? Óculos, o senhor enlouqueceu ? perguntou ela.
- Não - respondeu ele - estou apenas receitando o remédio para curar os seus olhos .
- Mas vou ficar muito feia de óculos ! Não quero.
- Minha querida amiga - disse a flor - são apenas óculos.
Com eles, você irá enxergar muito melhor.
- Não quero . Todo mundo vai rir de mim - disse ela .
- Ninguém vai rir não, por que usar óculos é importante - disse a flor.
- A dona Margarida tem razão - disse o doutor - você precisa usar os óculos.
E pode ficar muito bonita com eles.  É só escolher o par certo .
- O senhor acha mesmo ? perguntou cheia de vaidade.
- Mas é claro - respondeu ele.
- Está bem , onde estão ? perguntou decidida.
- Espere aqui. Vou até meu consultório e mandarei minha assistente trazer
a caixa para você escolher. E saiu voando.
Uma hora se passou e nada da assistente com a caixa.
- Está demorando tanto, o que será que aconteceu? Perguntou a borboleta aflita.
De repente descobriu o porquê da demora, viu a tartaruga Teresa se aproximandocom uma caixa
enorme nas costas.
- Olá pessoal ! Foi aqui que pediram para trazer a caixa do Dr. Sabiá ?
- Foi aqui mesmo, os óculos são para mim - disse a borboleta meia triste.
- Então boa escolha para você - disse a tartaruga deixando a caixa no chão .
Duas horas se passaram e a borboleta não conseguia escolher os óculos .
A tartaruga já sonolenta resolveu ajudar. Tirou do fundo da caixa um pequeno
baú de madeira, dentro dele tinha um par de óculos. Ofereceu à borboleta :
- Experimente estes daqui - e deu os óculos para ela.
A borboleta colocou os óculos e consultando o espelho disse : - gostei !!!
- Ficou perfeito - apoiou a flor .
- Sim, vou ficar com esses - e colocou - mas tem algo estranho acontecendo aqui .
Vejo estrelinhas brilhando na minha frente .
- Estrelinhas brilhando !?  Que imaginação você tem - disse a tartaruga, sorrindo.
- Agora posso levar a caixa embora ?  Tenho outras entregas .
- Pode - disse a borboleta - vou ficar com estes mesmo.
- Nossa, mas como você ficou bonita com eles . Acho que sua vida vai mudar muito de
agora em diante - disse a tartaruga se despedindo.
- Por que ? O que vai acontecer ?
- É só uma palpite . E partiu lentamente com a caixa nas costas .
Mais tarde apareceu o Dr. Sabiá para ver como ela tinha ficado com os óculos.
- Desculpe o atraso, estava com outros clientes - disse ele - borboleta vejo que já fez a escolha .
Ficou maravilhosa com os óculos . Parabéns.
- Obrigado, doutor, parece que passei a enxergar muito mais. Estou vendo até estrelinhas brilhando
na minha frente. O doutor deu um sorriso, depois piscou para a flor e disse :
- Que bom, fico feliz por ter ajudado. Não se preocupe que essas estrelinhas
vão desaparecer com o tempo. E se foi.
Mais tarde a borboleta foi para sua casa. Lá sentada numa poltrona tirou os óculos.
Viu que as estrelinhas desapareciam , voltou a colocar e lá estavam elas de novo brilhando.
Achou tão estranho que resolveu procurar a tartaruga em sua casa.
- Olá. Tartaruga Teresa , vim fazer uma pergunta .
- Já sei o que é - disse ela com tranqüilidade . São os óculos .
- Pois é, você me deu eles e agora vejo um monte de estrelinhas brilhando na minha frente .
- O que está acontecendo ?
- Esses óculos que lhe dei, são mágicos ! A Borboleta se espantou ..
- Mágicos ? São mágicos de verdade ?
- São ! E você verá muitas coisas com eles, o futuro e o passado.
A Borboleta ficou paralisada , não estava acreditando no que ouvia .
- Só tem um detalhe, terá que guardar segredo. Se contar para alguém, e ele acreditar,
a magia acaba no mesmo instante .
- Guardar segredo ? Nem para a Margarida ?
- Ninguém . E sua função é ajudar seus amiguinhos .
- Como assim ? Não entendo .
- Simples, ao ver as estrelinhas, saiba que uma visão mágica vai aparecer .
Pode ser o futuro ou o passado de alguém. Por isso fique em alerta para ajudar.
Você foi escolhida para isso . Só você terá a visão .
- Mas o que devo fazer , depois dessa visão ?
- Depende , às vezes nada, às vezes muita coisa . Encontrará o caminho.
- Agora preciso fazer outras entregas. Adeus . E partiu.
A borboleta ficou olhando para a tartaruga que se afastava lentamente e pensou :
- Nossa, agora sou uma borboleta mágica. E pensar que não queria pôr os óculos.
- Ainda bem que coloquei . Acho que sou uma borboleta de sorte, porque posso ver muitas
coisas e ter muitas aventuras....

HISTÓRIA INFANTIL: "O CACTO SALVADOR"

O CACTO SALVADOR
Dona Borboletinha saiu cedo de casa, pois estava com muita fome, precisava se alimentar. Já estava longe quando percebeu uma imenso gramado a sua frente. Sentiu um delicioso perfume vindo daquela direção. Naquele momento as estrelinhas mágicas apareceram na sua frente. Via o futuro e ela estava lá, perto de um pé de cacto que balançava com seus espinhos.
           Teve uma sensação boa, de alívio,  mas era estranho. Por que uma planta cheia de espinhos poderia ser útil ?.  As estrelinhas desapareceram e ela  se aproximou do gramado. Notou que ali havia uma pequena cabana de madeira  com um grande canteiro na frente, onde moravam várias flores.   
           Observou uma roseira,  uma dália, um girassol, um cacto, uma tulipa e várias outras flores que sequer sabia o nome. S borboletinha chegou e foi logo fazendo amizades.
           - Olá para todos – disse com simpatia – posso me alimentar um pouco aqui ?
Todas as flores responderam que sim e começaram a conversar.
           - Nossa, mas que roseira mais bonita e perfumada. Posso pousar em você ?
           -  Pode sim  - disse a roseira  sorrindo. Quem é você ? - perguntou.
           - Sou a Borboletinha Mágica e moro no Lago Azul.
A borboletinha também cumprimentou um besouro que estava por ali:
           -  Olá seu besouro, como vai o senhor ?
           -  Muito bem minha filha, me chamo Horácio, mas pode me chamar de Cinho  - estendendo a mão. 
           -  Muito prazer seu Cinho ! - disse a Borboletinha.
           -  Você não deve demorar em nós - disse a dona Dália  para ela.
           -  Por que ?
           - Porque ali naquela cabana  mora um homem que persegue e coleciona borboletas.  Já tem várias.
           - Nossa, então vou embora agora mesmo ! - disse assustada.
           - Não precisa ser agora, afinal ele saiu para caçar – disse o cacto.
           - Borboletinha – começou a rosa - nunca vi uma borboleta usando óculos, botas e pulseiras. É promessa?
           - Claro que não ! - respondeu -  As botas e a pulseira são porque gosto e fica legal, já os óculos uso porque preciso, enxergo pouco sem eles.
             A Borboletinha respondeu, mas também estava curiosa com a roseira.  Não perdeu tempo e perguntou:
           - Acho a senhora tão delicada, perfumada e muito bonita mas não entendo por que tem tantos espinhos no caule ?
           - Ora, Borboletinha, porque sou uma flor frágil, e também tenho que me  proteger daqueles que desejam o meu mal.
           - Como assim, fazer mal para uma linda flor, quem poderia ?
           - Existem muitos bichinhos nessa floresta, que adoram comer caules verdinhos e com os espinhos fica mais difícil para eles.
           - Ah, você precisa dos espinhos como eu preciso dos meus óculos.
           - Exatamente. O s espinhos também me ajudam quando um humano arranca minhas rosas, eu me vingo espinhando eles. 
           - Mas que coisa feia que você disse agora - retrucou o Cacto reprovando a Roseira.
           - Mas não é verdade  Você também tem espinhos e faz a mesma coisa com eles.respondeu a Roseira.
           - Ainda bem que minha espécie não tem esses coisas horrorosas, que machuca os outros - esnobou a Dália.
         -  Falou a exibida ! - disse o Cacto nervoso.
O besouro só escutava com a maior calma do mundo .
         - Acho melhor a borboleta ir embora agora - disse dona Tulipa. O caçador pode chegar a qualquer momento.
         - Mas ainda nem me alimentei direito, fiquei  só conversando.  - respondeu a borboletinha.
         - É exagero da Dália - começou o Cacto - o animal homem parou com isso.
         - Como sabe ? - perguntou a Roseira ao Cacto.
         - Porque faz tempo que ele não vem com aquela redinha aqui no jardim.
         - É verdade ! disse a Roseira -  fique a vontade Borboletinha, se o caçador aparecer, avisamos você.
         - Obrigado pela gentileza. Vou aproveitar então.
A Borboletinha Mágica aproveitou as guloseimas  ao seu redor, eram tantas flores apetitosas que ela não sabia em qual ir primeiro. O tempo passou e de repente ouviu um grito da Dália:
         - Vai embora Borboleta, o caçador vem ai !
Todas as outras flores começaram a gritar  para ela fugir rapidamente. Assustada a Borboletinha apenas voou para o alto. Lá poderia escapar da rede. Seu besouro também começou a voar na mesma direção dela, mas não contavam com um longo cabo que fez a rede alcançar os dois  no ar. Presa, a Borboletinha ficou desesperada, seria o seu fim? O vento soprou e levou consigo um braço do Cacto,  que encontrou o braço do caçador. Ele sentiu os espinhos e soltou a rede depressa, a Borboleta e o Besouro conseguiram escapar.
-  Maldito cacto vou te cortar agora mesmo, me fez perder a mais bonita borboleta.
Com um facão o caçador cortou um pedaço do cacto e muito bravo entrou na cabana com o braço cheio de espinhos.
Todas as flores ficaram com pena do Cacto, que se arriscou  pela Borboletinha.
         - Não se preocupem comigo, esse galho volta a crescer com o tempo -  disse o cacto.
Lá do alto a  Borboletinha  agradeceu pela gentileza do mais novo amigo:
         - Obrigado por salvar minha vida.
         - Exatamente, quando sabemos de algo que nos faz mal, devemos ficar distante - disse a roseira.
         -  Você nunca mais vai vir nos visitar ?  - perguntaram as Violetinhas à Borboleta.
         - O dia que não houver mais perigo eu volto, prometo. Tenho muito o que contar para a dona Margarida. Tchau ! 

ATIVIDADES VARIADAS PARA EDUCAÇÃO INFANTIL













REGRINHA E COMBINADOS









ATIVIDADES DE VOLTA AS AULAS